Histórias de vida e identidade profissional

quarta-feira, 28 de março de 2012

Relato de Boas Práticas no Ensino Superior

Em 2006 tive o privilégio de cursar um período como aluna especial do mestrado na UFBA/Faced, numa disciplina em que os professores traziam reflexões sobre o papel do professor na sala de aula, de como ele organizava suas aulas para proporcionar prazer e sentir prazer pelo que fazia. Eu já nem me lembro qual o autor eles utilizaram como base para as discussões dessa aula, mas me lembro de algumas falas que me fizeram enxergar, tomar consciência do meu fazer e reproduzir esse sentimento nos lugares que eu ando.
Para falar sobre “proporcionar prazer e sentir prazer pelo que faz”, eles levaram um filme “A Festa de Babette” e apresentaram um trecho, mostrando a criatividade, o dom e o prazer que Babette tinha ao preparar um jantar. A partir daí, surgiu a discussão: precisamos utilizar as armas que temos para construir a nossa festa. Mas, como fazemos isso? Como estamos construindo nossa festa? Quais sensações temos ao organizar o “jantar” aos nossos convidados?
O melhor da aula foi entender a necessidade de estar bem, de gostar do que fazemos e saber fazer o que nos propomos. Hoje, sempre que me sinto desmotivada no trabalho, penso: o que eu faço para ficar melhor? A partir daí, alguma novidade sempre aparece.

Cáritas Vanucci

Um comentário:

  1. Lembro com alegria de um período já no final de minha graduação em biologia, quando cursei uma disciplina que se chamava Sexualidade e Educação,de como aquelas aulas eram criativas. Talvez as mais criativas que já experimentei.
    Era uma disciplina muito bem planejada e a turma era muito unida e animada, mas o destaque ficava mesmo com a professora que ministrava as aulas. Isso porque todas as aulas, todas mesmo, tinha uma novidade! Ao lado das leituras de textos bem agradáveis que ela recomendava, as discussões eram sempre mediadas por atividades como meditação, duetos musicais, montagem de peças, criação de paródias, de comerciais de TV e rádio, apresentações de dança, tudinho desenvolvido pela turma. Era uma verdadeira festa! A pró tinha uma Babette nela e criou outra em nós.
    Ainda hoje lembro com alegria destas aulas e da maneira como a professora, tão querida por nós, trazia para sala "jeitos" super legais de trabalhar os temas da sexualidade.
    Esta disciplina ficou em mim. Na hora de trabalhar os temas que estão no cenário da sexualidade é a esta memória que eu recorro.

    Surama Rebouças.

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