Histórias de vida e identidade profissional

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Olá!
Depois de ler o post de Vanilza e também pensando quais seriam as características de um bom professor, lembrei-me do poema de Jacques Jaurés: "A gente não ensina aquilo que a gente sabe. A gente não ensina aquilo que a gente quer. A gente ensina o que a gente é". E neste sentido, a sensibilidade, a ética, a criatividade, assim como as demais características necessárias para ser um bom professor só emergirão no contexto da sala de aula se estiverem imbricadas no SER do professor. Então, veio-me mais uma lembrança: a do professor que protagoniza o filme Entre os Muros da Escola. Um professor que apresenta uma variação visível na maneira como faz a mediação entre os saberes da sua turma de alunos que tem uma diversidade cultural tão evidente, os seus saberes e os conteúdos curriculares da disciplina que leciona, o Francês. Logo, lembro-me de uma passagem literária de Oscar Wilde (1891)
"Se num jantar conheceres um homem que dedicou sua vida a educar-se a si próprio - exemplo raro no nosso tempo, admito-o, mas ainda possível de encontrar, ocasionalmente - levantar-te-ás da mesa mais rico, com a certeza de que, por um momento, um alto ideal tocou e benzeu os teus dias. Mas, meu caro Ernesto, se sentares ao lado de um homem que passou a vida a tentar educar os outros! Que horrível experiência essa!"
Concluo o pensamento mais consciente da necessidade da formação de professores em exercício (autoformação, heteroformação e ecoformação) como uma das possibilidades do professor ter qualidade de vida em sala de aula e consequentemente conseguir mediar os conhecimentos: aprender a desaprender, para aprender.
Um abraço.
Elica Paiva


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